4/19/2013

Love of Enemy - Primeira Temporada: Capítulo 26



Me deparei com um homem alto e musculoso, que entrou sem mesmo ter minha permissão, e trancou a porta, fazendo um arrepio percorrer minha espinha, comecei a andar para trás até que parei ao bater na parede, ele se virou e me fitou, uma cicatriz enorme se desenha em sua bochecha, fazendo sua expressão parecer terrivelmente assustadora. Respirei fundo e fiz o máximo pra não parecer assustada, até que o medo foi me dominando assim que o desconhecido começou a se aproximar.
(S/N): Quem é você? O que quer comigo?
XXX: Não vou fazer nada de mal a você, se você colaborar é claro.
(S/N): Sai daqui, eu vou chamar os seguranças, eles estão no final do corredor.
XXX: Isso mesmo, chame, chame e seu namoradinho morre! Tem um atirador lá em cima, e com uma ordem que eu der, ele mata seu namorado e os amigos dele. 
(S/N): O que você quer comigo?
XXX: Eu vou destrancar essa porta, e você vai comigo até o estacionamento, vai pegar um carro e fazer tudo o que eu mandar, e sem levantar suspeitas.
Ele foi até a porta e a destrancou, eu saí e fui andando na frente, com a expressão mais normal que eu consegui, e fomos até o estacionamento, onde um dos seguranças me deu a chave de uma das vans da banda, e eu entrei com o desconhecido, que se sentou no banco do carona pra não levantar suspeita. Uma hora se passou, eu estava pegando a estrada em direção a Atlanta, seguindo as orientações e as coordenadas do desconhecido, ou melhor, do meu sequestrador, estou fazendo o possível pra poder manter calma, meus olhos estão começando a ficar merejados, hoje é o dia mais importante da vida de Liam, e logo mais eu vou deixá-lo triste e preocupado, se fosse pra mim ser sequestrada, não podia ser outro dia? Estou com muito medo, não sei pra onde estou indo e não sei o que esse cara vai fazer comigo, a única coisa que me resta fazer é rezar e pedir pra que me encontrem logo e esse início de pesadelo acabe.



Alcançamos Atlanta mais ou menos às quatro e vinte da manhã, e seguimos para as áreas rurais, escuras e silenciosas, que me davam calafrios. Duas horas e meia depois chegamos à uma casa, com aparência colonial, que ficava bem longe da estrada, cercada de árvores frutíferas, dois homens saíram da casa assim que chegamos, fortemente armados, e me tiraram de dentro da van com ignorância e força, me mandando entrar, e eu assenti. A casa me parecia estar abandonada a anos, ela cheirava a móveis velhos e poeira, e esses eram todos antigos, pareciam ser relíquias do século XVIII, mas não deu pra mim analisá-los direito, fui obrigada a subir ao segundo andar, onde fiquei em um quarto de costura, fortemente amarrada por cordas e amordaçada com um lenço. O dia foi passando, e eu pude ouvir um pouco da conversa dos sequestradores, a primeira coisa que fiquei sabendo foram seus nomes: Kellan, Daniel e Tom, os três estavam conversando lá embaixo sobre assuntos variados, um deles era a quantia que eles iriam receber quando o seu trabalho fosse finalizado. Até agora não ouvi eles falarem de matança, talvez esse sequestro não envolva nem resgate. Fiquei imaginando como Liam estava naquele momento, com certeza estava se mordendo de preocupação, Kellan não me deu tempo nem pra pegar meu celular, se eu tivesse conseguido vir com ele, a polícia podia me rastrear pelo menos, mais nem isso, eu estou perdida nesse cativeiro. Tom foi até o quarto e tirou minha mordaça, me fitando com um sorriso sarcástico no rosto.
Tom: De todas as pessoas que eu sequestrei, você é que deu menos trabalho até agora.
(S/N): Quando vão me libertar?
Kellan: Isso só nossa patroa pode dizer. - disse, entrando no quarto -
(S/N): Quem é ela? Por que mandou me sequestrar?
Tom: Você faz perguntas demais garota.
Kellan: E usa roupas demais. - disse, me fitando com a fisionomia pervertida e maligna -
Ele veio até mim e me desamarrou, segurando forte meus braços, enquanto Tom tirava minha roupa, me deixando completamente despida. Comecei a chorar, de medo, de vergonha, de tudo, o que eu fiz pra merecer aquilo? Quem é essa pessoa que ordenou esse sequestro? O que eu fiz pra ela? Todo esse tempo eu só fiz coisas boas, não ofendi e não briguei com ninguém, não dei motivos pra mandarem me sequestrar, será que isso é obra de uma directioner? Os três homens ficaram ali comigo no quarto, apalpando minhas partes íntimas e bebendo garrafas de tequila, o celular de Daniel tocava de meia em meia hora, pelo visto ele falava com a mandante do sequestro, sempre dizia como eu estava e que eu era uma vítima boazinha.
Três e vinte da tarde, estou com a garganta seca e o estômago vazio, estou começando e enfraquecer de fome, os sequestradores não me deram nada pra comer até agora, eu implorei por um prato de comida faz duas horas, mas nada foi servido a mim, por mais que nos arredores do terreno tenham hectares de árvores abarrotadas de frutas frescas. Não estou mais aguentando, vou desmaiar, estou muito fraca, muito mesmo, vou pedir algo pra comer novamente, quem sabe agora eles me fornecem.
(S/N): Por favor, eu imploro, me deem alguma coisa pra comer, estou muito fraca. - disse, com a voz quase inaudível -
Daniel: Não temos permissão pra te deixar comer.
(S/N): Eu imploro, vou desmaiar se continuar assim.
Kellan: Vai lá fora Tom e pega duas maçãs, só pra ela não desmaiar mesmo, e traz um pouco de água.
Alguns minutos depois Tom voltou, trazendo tudo o que Kellan havia pedido, os dois me desamarraram e me permitiram comer, enquanto apontavam dois revólveres, um aparentava ser calibre .22 e o outro .38. Comi rapidamente, depois voltei a ser amarrada, Daniel veio até mim e apalpou meus seios, com suas mãos abertas, eu não aguentei e o mandei parar, e esse não gostou nada, ele parou com seus movimentos e transferiu um tapa em meu rosto, me mandando calar a boca. Não sei quanto tempo vou ficar aqui, só sei que não vou aguentar isso por muito tempo, é humilhante e desesperador, a pior experiência de vida que eu já tive. Eu rezo em pensamento o tempo todo, pedindo a Deus que me encontrem logo, e que me acordem desse pesadelo horrível.



Liam Payne P.O.V'S:


Hoje é o dia mais feliz da minha vida, cara, parece que a vida resolveu sorrir pra mim de novo, depois de muito tempo de tristeza e angústia. Estou namorando (S/N), de novo, e desta vez corretamente, da maneira que devia ter sido antes, e ela está mais carinhosa agora, continua o mesmo anjo de antes, só que mais delicada agora, tem alguns defeitinhos, mas não me importo nem um pouco com eles. O show no MSG foi emocionante e incrível, não acredito que eu e os meninos conseguimos chegar onde chegamos, estamos muito emocionados com isso, muito mesmo. Enfim, o show acabou e nós descemos, exaustos, eu estava louco pra falar com (S/N), já que ela não subiu pra assistir o show como eu havia pedido, ela tinha que ter um ótimo motivo pra não ter ido. Chegamos ao camarim, onde era pra essa estar, mas estava vazio, onde ela tinha ido? Enquanto andávamos pra lá, passamos pelo corredor e falamos com basicamente toda a equipe, e (S/N) não estava com ninguém, eu acreditava que o único lugar que ela estava no momento era aquele camarim, mas ali não tinha rastro nenhum dela. O seu celular tinha ficado em cima de uma poltrona, estranho, ela é o tipo de pessoa que leva o aparelho até pro banheiro, não o abandonaria ali, seja lá pra onde ela foi. Procurei alguns seguranças, e um deles me disse que ela havia saído no comecinho do show, com um homem alto e forte, em uma de nossas vans, demorei alguns segundos pra processar aquilo, ela saiu com um homem alto e deixou o celular? Corri até a sala de administração e pedi pra ver as imagens das câmeras, que foram encontradas depois de alguns minutos, pude ver (S/N), sua expressão era de total pânico, vista aos olhos dos outros ela parecia estar normal, mas ninguém a conhece melhor do que eu, aquele homem não era uma pessoa boa, eu podia ver em sua expressão. O pânico tomou conta de mim, pra onde ele tinha levado minha pequena? Vou enlouquecer se ficar longe dela novamente, isso não pode se repetir, aquela tristeza e angústia não podem voltar, não posso ficar sozinho e depressivo como fiquei alguns tempos atrás. Eu contei tudo aos meninos, chegamos a conclusão de que ela tinha sido sequestrada, mas por quem e por que? Eleanor e Bella entraram em total desespero, Els começou a chorar incessantemente, igual no dia que (S/N) tinha pego aquele avião. Vê-la daquele jeito me fez lembrar do dia em que (S/N) partiu, o pior dia da minha vida, do qual eu jamais vou me esquecer, o dia em que eu tinha perdido a pessoa mais importante da minha vida, o dia em que meu mundo tinha caído e que eu me vi sozinho e infeliz. Todo esse tempo em que eu vivi sem ela, foi rodeado pela dor e pela tristeza, pela dúvida sobre sua possível morte e pela esperança de reencontrá-la novamente. Agora tudo isso tinha se revertido, eu a tinha em meus braços novamente, podia sentir sua respiração e seus batimentos, podia abraçá-la, beijá-la e senti-la, podia dizer que a amava duzentas vezes por dia, e o mais perfeito disso tudo, é que ela continuava me amando, de um jeito diferente do que estava acostumado, mas ainda me amando, e ela era o primeiro motivo de eu sorrir todos os dias. Agora o desespero toma conta de mim, imaginando onde ela pode estar, se está machucada, se está viva ... Não devo pensar nisso, devo apenas pensar em uma maneira de poder encontrá-la, e eu juro que vou passar por cima de qualquer obstáculo pra tê-la ao meu lado novamente.


Você - (S/N) P.O.V'S:

Agora são exatamente oito e meia da noite, Atlanta está com uma ventania maldita, fazendo meu corpo tremer feito bambu em ventania, os sequestradores ainda estão me deixando nua, e a duas horas atrás fui estuprada por Kellan, foi a pior sensação do mundo, estou traumatizada, meus olhos permanecem arregalados desde que ele me deu a primeira penetrada, meus lábios tremem e minha garganta está completamente seca, e eu não consigo dizer uma monossílaba. Tom me tirou de dentro da casa e me levou a um estábulo abandonado, eu pensei que ele teria piedade de mim e me devolveria minhas roupas, mas esse só me deu minha calcinha e meu sutiã.
Tom: Você vai ficar aqui a partir de agora.
(S/N): Mais está muito frio. - disse, com a voz quase inaudível -
Tom: Foda-se. - saiu -
Fiquei desamarrada, mas porém trancada naquele estábulo velho que fedia a feno e mofo, tentando de todas as maneiras fugir, e sem sucesso nenhum, aquele lugar só tinha uma saída, e essa tinha sido trancada por Tom. Me sentei em um canto, tremendo de frio, e fechei os olhos, tentando dormir, mas isso é meio que impossível, o medo e o fio não permitem, Liam não sai da minha mente, fico imaginando como ele está, se está me procurando, tenho certeza que sim, mas só Deus sabe quando e se ele vai me achar, essa casa está bem escondida, só um milagre pra poderem me encontrar, o jeito é rezar e pedir pra que tudo fique bem, e que essa tortura toda acabe.

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