4/11/2013

Love of Enemy - Primeira Temporada: Capítulo 20


Não dormi essa noite, minha dor e meu choro incessantes não permitiram, minha cabeça estava girando, aquelas malditas memórias insistiam em permanecer em minha mente, e a principal delas é aquele fim de tarde na praia, onde ele me disse as coisas mais lindas que alguém poderia me dizer, e me deu aquele anel, aquela joia perfeita que ainda repousa em um de meus dedos. Por que ele fez tudo isso comigo? Por que disse que me amava? Por que me cobriu de beijos e abraços? Por que me fez ficar tão apegada a si pra me fazer sofrer depois? Minha vida perdeu o sentido, nada mais importa, e a felicidade é uma coisa que está bem distante de mim, e não sei se um dia vou alcançá-la novamente, acho que não, sem ele ao meu lado é impossível conquistar alguma coisa positiva. Eu nasci pra viver ao seu lado, e agora, minha vida perdeu a razão, perdeu tudo o que tinha de bom, não restou absolutamente nada com que eu possa me contentar. Ele me iludiu, me traiu, me fez virar motivo de piada na escola, está me fazendo sofrer e acabou com a minha vida, mas não consigo odiá-lo, o motivo do meu choro é pelo fato de que ele não está mais ao meu lado, dele não ser mais meu e dele ter me abandonado. Eu quero todos aqueles momentos de volta, eu quero seu carinho e seus beijos macios, quero seus abraços, suas palavras ternas e sua respiração quente batendo em meu ouvido, resumindo ... eu quero Liam James Payne de volta.


Fui até o terraço, fiquei lá até avistar os primeiros raios de sol, depois voltei a me deitar, fitando o teto, com a cabeça inundada de pensamentos. Meu pai estava abrindo a porta, fingi que estava dormindo e ele assentiu, se retirando. Me afundei novamente em lágrimas quando fitei uma de minhas paredes, essa estava lotada de fotografias, e boa parte delas eram do Liam comigo, as fotos me fizeram lembrar de cada momento que passamos, o que me afogava naquela cachoeira que descia dos meus olhos. Não aguento mais, quero ir embora daqui, tudo nesse lugar me faz lembrar dele, não posso mais viver assim. Uma ideia se criou em minha mente, e eu decidi executá-la sem pensar duas vezes. Peguei minha mala, e comecei a colocar o máximo de roupas que conseguiam caber nela, em seguida peguei mais uma mochila e uma bolsa, e as recheei de coisas, vou viajar pra Itália, onde mora minha avó, vou ficar lá por um tempo, por a cabeça no lugar e decidir o que fazer com minha vida. Fui ao compartimento secreto de meu gurda-roupa e retirei uma maleta, onde estava a pensão que eu recebo pela morte da minha mãe, quantia que dá muito bem pra comprar minha passagem e mais um montão de coisas. Tomei um banho e me vesti, logo depois peguei papel e caneta, era hora de escrever algumas cartas. A primeira foi pra Els, depois seguiram pra Bella, Harry, Niall, Zayn e Louis, esses idiotas que eu amo tanto, e que já estão me fazendo muita falta. A última carta foi pro meu pai, e essa foi a mais longa de todas. Ele vai querer me matar, vai me deixar de castigo pra sempre, mas tenho que fazer isso, o sofrimento que me ronda é insuportável, e a única maneira de acabar com ele, ou pelo menos de amenizá-lo, é ficando um tempo fora, ele vai ter que entender isso. Chamei um táxi, que chegou rapidamente, e pedi pra que o taxista me levasse a algumas ruas próximas da minha, antes de ir para o aeroporto, e ele assim fez. Passei na rua de cada um dos meninos, e deixei as cartas em suas caixas de correio. Parei em frente a casa de Liam, e deixei o anel que ele havia me dado dentro de sua caixa de correio, acompanhado de um bilhete, que estava meio ilegível por conta das lágrimas que deixei cair no papel. 

Cheguei no aeroporto e comprei minha passagem sem ser barrada, graças a Deus que meu passaporte está em dia, e que uma nota contida nele diz que eu tenho permissão pra viajar sozinha, e meu visto pra viajar pra Itália está válido. Meio dia, já fiz o check-in e só estou aguardando a hora pra embarcar, que é daqui meia hora. O tempo passou rápido, e quando fui ver faltavam dez minutos pro embarque, meu coração está apertado, não quero deixar meu pai e os meninos, mas isso é um mal necessário, e eu não posso mudar de ideia agora. Ouvi um barulho, um barulho de várias pessoas falando ao mesmo tempo, me virei e os vi parados em meio aquela multidão de passageiros, os meninos estavam ali, olhando pra todos os lados, com certeza estavam me procurando. Eleanor me avistou, e correu até mim, me abraçando forte.
Eleanor: Você já me deixou uma vez, agora vai fazer isso de novo?
(S/N): É por pouco tempo, eu vou voltar logo.
Eleanor: Da outra vez você também me disse isso lembra? E quando foi que você voltou? Cinco anos depois.
(S/N): Mas dessa vez é sério, eu prometo que vou voltar logo.
Niall: Então você vai mesmo? Vai mesmo nos deixar?
(S/N): Não diga isso, eu não estou deixando vocês.
Harry: Claro que está.
As lágrimas começaram a cair, eles estavam acabando comigo dizendo aquelas coisas todas, isso tudo é muito doloroso pra mim, mas tenho que me manter firme em minha decisão, pro meu próprio bem.
(S/N): Por favor, não diz isso.
Zayn: Você está certa do que está fazendo?
(S/N): Estou ... isso é uma coisa que eu devo fazer ... é um mal necessário.
Louis: Se isso vai te fazer bem, não vamos te impedir, só queremos ver a sua felicidade.
Eleanor: Já que você vai mesmo embora, quero que fiquei com isso.
Ela abriu sua bolsa e tirou algo de dentro, um colar, com a frase "melhores amigas pra sempre" abreviada, desabei quando vi aquilo e a abracei forte, sem me importar com as lágrimas que caíam no ombro da blusa dela. 
Bella: Minha irmãzinha está indo embora, que vontade de te dar UM TIRO SUA BISCATE, espera só quando você voltar.
(S/N): Eu também te amo Bella. - ri -
Harry: Você promete uma coisa pra gente?
(S/N): Qualquer coisa.
Harry: Promete que vai nos mandar sms, que não vai perder o contato, que vai entrar no skype todos os dias e que nunca vai se esquecer da gente?
(S/N): Claro que prometo, até porque é impossível eu me esquecer de pessoas tão especiais.
Nos demos um abraço coletivo, e logo lágrimas desenharam nossos rostos, anunciaram nos alto-falantes o número do meu voo, era hora de partir. Me despedi de cada um deles, com meu coração doendo, e com muito custo, entrei na pista de pousos. Escutei alguém gritando, me virei e Eleanor corria em minha direção, dizendo pra mim ficar, até que seguranças a barraram e a arrastaram pra dentro do aeroporto.


Entrei no avião e sentei em minha poltrona, fechando os olhos e respirando fundo, quando ouvi mais gritos, e em um milésimo de segundo, ele estava dentro do avião, olhando pros lados e gritando desesperadamente meu nome, aflito e angustiado. Lágrimas desenharam o rosto de Liam assim que esse me avistou, ele correu até onde eu estava, e eu segurei meu choro até onde pude, mas acabei desabando.
Liam: Você não pode ir embora, não pode me deixar, por favor não faça isso, não me deixe, eu ... eu não vou conseguir suportar isso.
(S/N): Sai daqui por favor, você já me fez sofrer demais.
Liam: Eu sei que eu errei, que fui um idiota, mas por favor me perdoa, volta pra mim, eu te amo, não vou aguentar ficar sem você. Não me deixe, eu te imploro.


 


Seguranças entraram no avião e o retiraram a força, e lá fora, pude ouvi-lo gritar:
Liam: EU TE AMO (S/N)!

Meu coração está despedaçado, estou chorando desesperadamente, a dor e o sofrimento insistem em me perturbar. O avião decolou, uma das comissárias de bordo me deu um calmante bem forte, que me fez dormir profundamente.




Acordei assustada e olhei ao meu redor, pessoas estavam gritando e chorando, o avião me parecia estar deitado, olhei rapidamente na janelinha e as árvores ficavam cada vez mais nítidas e próximas. As comissárias pediam pra que todos mantivessem a calma e colocassem os cintos de segurança, eu estava confusa, o que realmente estava acontecendo? Juntei as coisas, e logo o medo e o pânico me dominaram por completo, consegui deduzir que ... o avião estava caindo.

2 comentários:

  1. A meu DEUS eu nao posso morrer agora que soube que o Liam me perdou!!!! Muito legal a fic

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  2. kkkkk, MEU DEUS, QUE DEMAAAAAIS, CONTINUA RÁPIDOOOOOOOO!

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