4/04/2013

Love of Enemy - Primeira Temporada: Capítulo 14



Já se passaram duas semanas, e Zayn continua arrasado, e não há nada nem ninguém que consiga trazer sua felicidade de volta. Perrie está completamente ao contrário, está feliz ao lado das suas amigas e nem lembra da nossa existência. O término dos dois foi o assunto da escola até agora, seguido pelo novo namorado de Perrie, Max George, de uma escola que fica bem perto da nossa. Ela iniciou o namoro com ele um dia, isso mesmo, um dia depois do término com Zayn, o que o fez ficar em pedaços. Ele se faz de forte, nenhum aluno consegue ver ou perceber o quão ele está mal, seu charme, seu ar misterioso e seu cavalheirismo disfarçam tudo. O novo assunto da semana é a menina nova que entrou na sala do Zayn, uma tal de Bella Desire, não sei muito sobre ela, só sei que foi expulsa de onde estudava, em Berlin, e que é extremamente linda. Garotas ruivas são estranhas na minha opinião, mas eu a achei muito linda, seu cabelo combina muito com sua expressão facial e seu corpo, e realça toda a beleza que ela tem.




Zayn Malik P.O.V'S:

Desisto da minha vida, chega, não dá mais, não faz mais sentido viver, não sem ela. Perrie não me ama mais, estou arrasado, eu a amo, nunca amei ninguém com tanta intensidade, meu corpo grita pelo dela, e ao saber que nunca mais vou tê-la em meus braços, meu peito dói, as lágrimas cercam meus olhos e a única coisa que eu tenho vontade de fazer é chorar. Por que ela deixou de me amar? Será que ela já me amou de verdade? Perguntas e mais perguntas que insistem em martelar na minha cabeça, não consigo pensar em outra coisa a não ser naqueles olhos azuis e naquele sorriso que já alegrou muitos dos meus dias, e fico pensando se um dia ainda vou tê-la de volta. Os meninos andam me dando muitos conselhos, dizem que eu devo erguer a cabeça e encarar isso de frente, e simplesmente me conformar, que um dia a garota certa vai chegar e essa sim me fará feliz e vai me dar todo o carinho que Perrie não soube dar, eu não duvido muito disso, a minha dúvida é: quando ela vai chegar?


Cheguei na escola com a perspectiva de mais um dia normal, eu ia vê-la, iria disfarçar minha tristeza e iria ver meus amigos, pronto, mas o dia não seria bem assim. Entrei na sala e me deparei com uma garota linda, que estava muito longe de ser a Perrie, sentada próxima da minha mesa, uma ruiva com olhos encantadores, que me fizeram pensar na possibilidade de estar vendo uma miragem. Fui lentamente até meu lugar, e ela me deu uma leve olhada, que era pra ser discreta, mas eu pude perceber, minha beleza é difícil de se encontrar, então é normal as pessoas ficarem me olhando, já estou acostumado. A primeira aula foi iniciada, e o professor Jackie revelou o nome da ruiva: Bella Desire, de Berlin. Seu nome é bem bonito, assim como o lugar de onde ela veio, já vi fotos de Berlin, aquele lugar é maravilhoso, não sei como ela conseguiu sair de lá pra vir morar aqui, eu não conseguiria. Alguns garotos começaram a lançar as famosas cantadas baratas, e ela os respondeu com patadas muito bem formuladas, pelo visto essa garota é bem marrenta.

Ahm, corrigindo, marrenta é só o apelido dela, essa garota chegou causando, brigando e dando patadas em todo mundo, ela é uma estressada, trata os outros pior que a (S/N) tratava o Liam antes.
Terceira aula, professora Minnie, uma velha cheia de verrugas que não tem nada a ver com a famosa Minnie Mouse, está muito longe disso, minha professora de matemática é um tanto monstruosa, mas é uma das professoras mais queridas pelos alunos, pelo fato de ela caducar algumas vezes, e nos dar uma nota bem alta em uma prova que geralmente vale 04. Hoje ela resolveu passar atividade em dupla, eu me ferrei, o Louis faltou, eu sempre faço com ele, vou fazer sozinho mesmo e tirar metade da nota. Eis que eu escuto meu nome em alguma conversa, a professora conversava com a menina nova, e alguns segundos depois, ela apontou seu dedinho torto pra mim, e a garota se dirigiu a minha mesa, não tinha a visto de pé ainda, e eu vou confessar, ela tem um corpo de tirar o fôlego. Ela puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado, sem dizer uma só palavra, eu sou um cavalheiro, por isso vou me arriscar em cumprimentá-la, se ela me responder com frieza, eu retribuo, usando toda a minha classe.
Zayn: Ahm, olá, sou Zain.
Bella: Oi.
Zayn: Bem vinda.
Bella: Bem? Essa escola é uma bosta, supera a minha antiga!
Zayn: Calma, aqui não é tão rui ... - ela me interrompeu -
Bella: Claro que é, parece uma prisão, olha essa sala, ah puta que pariu, Londres é uma bosta!
Se a (S/N) escutasse isso, deixaria essa garota sem dentes.
Zayn: Você se acostuma.
Bella: E quem é você pra dizer que eu vou me acostumar? Você não me conhece, não sabe nada sobre mim!
Eu já estava perdendo a paciência, que menina chata! Eu estava ali sendo o mais amigável possível e ela nem pra colaborar sendo o um pouquinho, só um pouquinho educada, eu hein.
Zayn: Ah sei sim, sei que você não é muito de falar com educação.
Bella: Sou sim!
Zayn: Você está sendo apenas mal educada comigo até agora.
Bella: Desculpa - fechou os olhos por alguns segundos, respirando fundo - É Zayn né?
Zayn: Isso - sorri -
Bella: Não gostei dessa escola, e estou um pouco nervosa por causa disso.
Zayn: Se você fizer amizades vai até esquecer de como a escola é ruim.
Bella: Ha, e quem vai querer fazer amizade comigo? Quem quer fazer amizade com uma ex usuária que foi expulsa de quase todas as escolas e internatos da Alemanha?
Zayn: O que você fez no passado não importa, está no passado, mas você deve tentar corrigir seus erros agora, no presente.
Bella: Meu pai também me dizia isso.
Zayn: Ele não te diz mais?
Bella: Não, até porque não está mais vivo, ele morreu por minha culpa.
Zayn: Eu sinto muito.
Bella: Foi por causa das malditas drogas que eu usava, ele era policial, e foi em uma boate me buscar, eram quatro horas da manhã, aquele lugar estava lotado, ele estava sem a farda, e um grupo de drogados o atingiram com barras de ferro, e o machucaram até a morte, alguns deles me seguraram e eu não pude fazer nada pra poder salvar meu pai, tive que ficar ali, vendo-o morrer. Minha mãe me mandou pra casa da minha avó, em Dresden, mas alguns traficantes vieram atrás de mim, então nos mudamos pra cá.
Zayn: Eu ... eu sinto muito por você, de verdade.
Bella: Eles não vão me deixar em paz, um dia descobrirão onde estou, e vão vir me matar e matar minha mãe, tenho certeza, mas agora me diz ... quem vai querer amizade comigo sabendo que um dia traficantes podem em encontrar e me matar?
Zayn: Olha, calma, nada de ruim vai te acontecer, eu sei que é difícil, mas tente esquecer essa fase, você está começando uma vida nova aqui, mantenha a cabeça erguida e não olhe pra trás, que tudo vai dar certo.
Bella: Vocês são todos assim?
Zayn: Assim como?
Bella: Simpáticos ... eu fui tão chata e mesmo assim você me tratou com tanta educação.
Zayn: - ri - Não somos todos assim, eu que sou bem educado mesmo, mas não se acostume.
Bella: Acostumar, essa palavra não existe no meu dicionário - riu -
Fizemos a atividade, e Bella me surpreendeu, pra uma garota que foi expulsa de várias escolas e internatos alemães, sua matemática está ótima, ela sabe mais que eu, acho que até mais que o Liam, ela é bem esperta, dá pra perceber. Além de esperta, é muito boa de papo, a única coisa é que ela é meio tímida, mas está se soltando aos poucos, dizendo o que gosta de fazer, o que não gosta, e tudo mais, e é até legal conversar com ela. A aula de matemática acabou, e o sinal anunciava a hora do intervalo, Bella vai passar o intervalo comigo, é bom que eu a apresento ao pessoal, e quem sabe ela se enturme com (S/N), Eleanor e os meninos.


Você - (S/N) P.O.V'S:


Zayn veio até nós acompanhado, e pelos cabelos da garota, era a tal de Bella, ela me parecia envergonhada, eu também ficaria, afinal a escola toda estava olhando pra ela. Os dois nos cumprimentaram e ela se apresentou, e em menos de cinco minutos todos já estávamos conversando amigavelmente, Eleanor não tirava os dedos dos cabelos de Bella, ela ficou fascinada com aquelas mechas ruivas, o que fez Bella rir um pouco. Ela é bem legal, mas sei lá, me parece misteriosa, os seus olhos são de um azul escuro lindo, mas escondem alguma coisa, não são brilhantes, são escuros, neutros, sem brilho interior, eu tenho quase certeza que ela esconde alguma coisa. Todo mundo se enturmou com ela, já até passamos celular e redes sociais, mas ela não, disse que quando chegasse em casa mandaria sms com seu número, pois tinha acabado de mudar de chip. Aham sei, ela ainda não confia na gente, mas não quer falar por medo de nos magoar, saquei tudo já, mais de boa, ela acabou de chegar, não deve mesmo confiar em qualquer um.


Hoje tenho um trabalho de geografia pra fazer, por isso vou até a empresa do meu pai, lá tem uma impressora muito boa, e é ela que eu vou usar pra imprimir as folhas e tal. Eu caminhava tranquilamente na rua, uma viela deserta a duas ruas da empresa, até que ouvi um barulho e parei, olhei pra trás e não tinha ninguém, apenas eu ali em meio a um monte de caixas de papelão e algumas lixeiras abarrotadas de restos de legumes e verduras de alguma feira que tinha acontecido próximo dali. Voltei a andar, cinco passos, e mãos fortes e ásperas prensaram meu pescoço, me fazendo perder boa parte do ar, arregalei os olhos e comecei a me debater, mas a pessoa que estava atrás era forte, e nada a fazia parar de me enforcar. Eu não podia por minha cabeça pra nenhum lado, senão era perigoso ela/ele quebrar meu pescoço e me matar de imediato, tinha que pensar em algo, e pensar rápido, meu ar está se esgotando rapidamente, não vou aguentar muito tempo. Eis que meu celular começa a tocar, eu consegui pegá-lo, estava no bolso do meu agasalho. Eu deslizei o dedo sobre a tela e atendi, era o Liam que estava falando, eu levei o celular até a boca com dificuldade, e consegui soprar, com a voz falha:
(S/N): Socorro.
Ele entrou em desespero, começou a berrar do outro lado, chamando meu nome desesperadamente, mas eu não conseguia responder, a pessoa que me enforcava tirou uma de suas mãos do meu pescoço, pra poder desligar meu celular, e essa foi minha chance, dei um pequeno impulso pra trás, e ele caiu, era um homem, com uma roupa e um capuz preto cobrindo seu rosto, eu peguei meu celular do chão e saí correndo, desesperada, até encontrar uma rua movimentada e entrar na primeira loja que consegui enxergar. Retornei a ligação pro Liam, dizendo onde eu estava, e em menos de dez minutos ele chegou, ofegante, quase chorando, e veio me abraçar, com intensidade e força, não querendo mais me soltar. Algumas lágrimas saltaram de seus olhos sem querer, suas mãos tremiam e sua respiração falhava, ele, assim como eu, estava meio que em choque.
Liam: Pequena, você está bem? Se machucou?
Minha voz saia com muito custo, eu ainda não conseguia respirar, e tremia feito bambu em ventania, após alguns segundos, consegui soprar alguma coisa do tipo:
(S/N): Eu, eu estou bem, agora estou bem - o abracei -
Aquele abraço me confortava, eu tinha a sensação de segurança, o jeito com que Liam me envolve com seus braços me deixa levemente calma, e isso está me ajudando a recuperar o ar e os sentidos.
Liam: O que aconteceu? 
Contei tudo a ele, parando umas quatro vezes pra chorar ou pra respirar fundo, ele ficou preocupado, não queria isso, mas tinha que contar o que aconteceu. Fomos juntos até a empresa, e meu pai se assustou ao me ver, deve ser pelo fato de eu ter chegado branca e pálida, apoiada por Liam, pois estava sem força nenhuma pra andar. Me sentei e tomei um copo d'água, e contei tudo ao meu pai, ele ficou exatamente como Liam ficou, depois me deu um abraço forte e demorado, e em seguida falou uma enciclopédia, dizendo que não é mais pra mim andar sozinha e que se eu quiser sair e não tiver ninguém pra me acompanhar, eu não vou ou simplesmente espero alguém se disponibilizar. Ai senhor, eu sei que isso é o certo, que eu vou ficar mais segura, mais poxa, as pessoas vão ter que ficar tomando conta de mim como se eu fosse um bebê? E a vida delas? Elas vão deixar de viver, de fazer suas coisas pra cuidar de mim? Isso não é certo.

2 comentários:

  1. kkkk, ficou engraçado e eu ainda to com dó do Zazza... '-' ... Tipo tadinho Perrie do mau, credo, enfim, CONTINUAAAAAA! *-*

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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