3/25/2013

Love of Enemy - Primeira Temporada: Capítulo 6



Finalmente chegou o grande dia do baile, eu e as meninas estávamos quase nos descabelando de tanta agonia, parece que esse sábado demorou uma eternidade pra chegar. Dormimos na casa de Perrie, e ela, que estava mais ansiosa que qualquer uma de nós, fez questão de nos acordar as cinco e vinte da manhã, que de acordo com ela, era o horário mais apropriado pra começar nosso dia de beleza. E acredite, ela estava mais do que certa, ficamos o dia todo nos preparando; fizemos máscaras para o rosto, hidratamos os cabelos, depilamos as pernas, fizemos sobrancelhas, e cuidamos de tudo que tinha direito. Eram cinco e meia da tarde, quando estávamos terminando de nos arrumarmos. Depois de puxar meu cabelo aqui e ali, Eleanor fez um lindo penteado, e Perrie fez uma maquiagem mais que perfeita, e eu fiquei me sentindo uma princesa. Terminamos de nos arrumar exatamente as sete e vinte e cinco, e o baile tinha começado as sete, era bom que nós não chegaríamos muito cedo. Me olhei no espelho, eu estava vestida assim. Chegamos ao baile e logo encontrei Niall, que abriu um sorriso de orelha a orelha assim que me viu. Ele estava lindo, e terrivelmente perfumado, logo enterrei meu rosto em seu pescoço, e seu perfume era tão intoxicante que eu ficaria ali inalando-o a noite toda. Louis ficou praticamente embasbacado ao ver Eleanor, ela estava perfeita, uma verdadeira barbie, com um vestido de renda branco que realçou perfeitamente suas curvas, e Perrie, terrivelmente provocante com seu vestido preto, deixou Zayn sem fala por alguns segundos, e eu detectei na hora que os meninos aprovaram os looks. Niall me puxou pra pista de dança, e ficamos dançando por um longo tempo. Harry chegou e eu também dancei um pouco com ele, até que fiquei cansada e fui pegar uma bebida. Fiquei conversando com Niall, até que percebi seu olhar focado em algum lugar da entrada da quadra, olhei pra trás, curiosa em saber o que ele estava olhando, e me deparei com uma pessoa extremamente linda e bem vestida entrando, e seu perfume logo invadiu sem permissão minhas narinas. Liam cumprimentou Niall de longe, e saiu andando até o outro lado da quadra, cumprimentando uns garotos de outras salas. Tentei segui-lo com o olhar, mas Niall me prendeu na continuação de nossa conversa, e eu tive que assentir e responder. Eu e ele dançamos por mais alguns segundos, até que seu celular começou a tocar, e ele se afastou um pouco pra atender. Ele voltou até mim com uma cara não muito boa, sua mãe tinha passado mal e estava no hospital, e ele teria que ir embora pra vê-la. Eu assenti, e lhe dei um beijo calmo, que ele infelizmente partiu, e foi em direção a porta de saída, meio preocupado, me deixando sozinha em meio aquela multidão de alunos. Bebi um pouco e fiquei parada em um canto, vendo algumas pessoas dançarem, Perrie e Eleanor nunca pareceram tão felizes, as duas dançavam como se o amanhã não fosse existir mais, e isso me fez sorrir por meros cinco segundos. Um perfume bem familiar tomou conta do ambiente onde eu estava, e logo Liam Payne entrou em meu campo de visão, parado ao meu lado me fitando, meio indeciso se me olhava ou não.
Liam: O que você está fazendo aqui sozinha? Cadê o Nialler?
(S/N): Ele teve que ir embora, sua mãe passou mal e ele foi ao hospital vê-la.
Liam: Ah, entendi ... Ahm, o que acha de dançar um pouco?
(S/N): Não sei dançar.
Liam: Não vem com essa, vi você dançar com o Niall, e Harry me disse que você dança escandalosamente bem.
Vai troucha, quem mandou mentir? Não sei onde devo enterrar minha cara agora, puta que pariu, quantas vezes eu vou ter que pagar mico pra aprender que mentir não é meu forte?
(S/N): Ahm, acho que você me pegou - corei -
Liam: Vem, não vai te fazer mal nenhum.
Ele me puxou pra pista de dança, onde dançamos umas três músicas. Evitei de todas as maneiras olhar diretamente em seus olhos, mas meu corpo não respondia aos meus comandos, parece que tinha ganhado sua própria liberdade, e fazia o que lhe desse na telha. Fitei seus olhos, e vi um brilho percorrer suas íris, ele na hora abriu um sorriso, que me fez sorrir de leve e abaixar a cabeça. Fiquei imaginando porque ele tinha me puxado pra dançar, será que a nariguda não sabia nem dançar uma música lenta? Pera ai ... ele tem namorada, não é certo ele ficar dançando comigo, acho melhor me desgrudar dele.
(S/N): Ahm, acho melhor pararmos por aqui - me soltei -
Liam: Por que, o que foi?
(S/N): Você tem que dançar com Danielle, que é sua namorada, e não comigo.
Liam: - riu - Ela não é mais minha namorada.
(S/N): Como? - eu disse, confusa -
Liam: Nós terminamos hoje.
(S/N): Ah, eu sinto muito.
Liam: Não precisa sentir, eu estou bem aliviado, tirei um peso das minhas costas.
É, acho que aquele nariz dela pesava mesmo em você, porque meu, olha o tamanho daquela coisa! Eu entendi muito bem o que ele quis dizer, mas fazer piadinhas com o nariz da Danielle é extremamente revigorante pra mim.
Liam: Agora se me der licença ... - disse, me puxando de leve pela segunda e retomando os passos da dança que nós tínhamos pausado -
A música acabou, olhei no relógio e eram exatamente onze horas, achei melhor ir embora logo, antes que fiquei mais tarde e escureça mais. Nem me despedi das meninas, achei melhor não estragar o momento delas, que parecia perfeito por sinal. Liam me seguiu até a saída, eu me despedi dele, e ele insistiu que me acompanharia até minha casa, porque estava tarde e era perigoso eu andar na rua sozinha. A garôa fina começou a cair, ele me deu sua blusa pra que eu me protegesse, e depois de uns quinze ou vinte minutos, alcançamos minha rua. Dobramos a esquina e um temporal medonho começou a cair, nos deixando um pouco ensopados. Liam se abrigou em minha casa, ele definitivamente não poderia sair com aquela chuvarada toda, iria pegar uma pneumonia se fizesse isso. Perambulei pela casa e não achei meu pai, aquele ali estava aprontando alguma coisa, estava saindo muito de casa e voltando muito tarde, preciso pedir explicações quando ele chegar. Peguei uma toalha do meu pai e emprestei para Liam se secar, e depois lhe ofereci um cobertor. Ele ficou na sala enquanto eu tomava banho, saí do banheiro e vesti uma roupa quentinha, depois desci. Estava muito frio, então fui até a cozinha e preparei leite com canela pra nós dois. Ele pegou o leite, e evitou olhar em meus olhos, assim como tinha feito na casa do Harry, semana passada. Aquilo já estava me encomodando, então decidi acabar com aquilo de uma vez por todas.
(S/N): Por que está fazendo isso?
Liam: Fazendo o que? - disse, fitando o conteúdo dentro da xícara -
(S/N): Você está evitando me olhar diretamente, gostaria de saber o porque.
Liam: Não estou evitando de te olhar.
(S/N): Está sim, e está fazendo isso agora.
Liam: Claro que não.
(S/N): Então olhe pra mim!
Ele me fitou, e seus olhos brilhavam feito diamantes, assim que seu olhar encontrou o meu, um sentimento esquisito me dominou, meu estômago deu uma leve revirada, e meu coração começou a acelerar. Eu abaixei a cabeça, e depois de me recompor, voltei a olhá-lo, dessa vez, ele fitava o tapete da sala, respirando fundo.
Liam: Não gosto de te olhar, não gosto de olhar em seus olhos.
(S/N): Por que, o que eu tenho de errado?
Liam: Não sei dizer, quando te olho, tenho vontade de ...
(S/N): Do que você tem vontade Liam?
Ele se aproximou lentamente de mim, e se sentou ao meu lado, e começou a encarar o chão.
Liam: Tenho vontade de fazer isso.
Ele puxou meu rosto para o lado e me beijou vorazmente, sua língua clamava pela minha, que em alguns segundos, acariciava a mesma com uma intensidade assustadora. Aquele beijo me deixou levemente bem, e um sentimento delicioso tomou conta de mim, mas alguns segundos depois ele se esvaiu, dando lugar a raiva. O que aquele inútil estava fazendo me beijando? Prefiro beijar um sapo, uma cabra, um cavalo, do que beijar aquele imbecil ... arhg, vou lavar minha boca cem vezes hoje! Me impulsionei pra trás, e me virei em sua direção oposta, porque se eu olhasse pra ele, com certeza voaria em seu pescoço e arrancaria sua pele com minhas unhas. Eu estava furiosa, bufando e quimando por dentro e por fora de raiva, como pude deixar aquele verme encostar em mim?
(S/N): Você tem um milésimo de segundo pra dar o fora daqui, antes que eu não responda por meus atos!
Acho que ele deu conta do recado, pois saiu em meio aquela tempestade sem pestanejar, me deixando sozinha na sala, com minha xícara de leite com canela pela metade. Levantei do sofá e me arrastei até meu quarto, fui até o terraço e pude avistá-lo andando em direção à esquina, todo ensopado. Fui até o banheiro e lavei o rosto, que ainda estava queimando, e me olhei no espelho. Não consegui decifrar meu rosto, a raiva foi se esvaindo, e um sorrisinho de canto se desenhou em meu rosto, me fazendo arregalar os olhos logo depois. (S/N), por que você está sorrindo? O garoto imbecil que você odeia te beijou, e isso não é motivo pra sorrir desgraça. O que está acontecendo comigo? Por que não consigo mais dar órdens ao meu corpo? Por que estou tão fora de mim? Minha cabeça começou a rodar, literalmente, então me deitei, e logo peguei no sono, ou pelo menos tinha achado que peguei.

Não dormi nada essa noite, fiquei me virando a noite toda, a cena dele me beijando não saía da minha mente de forma alguma. Eu tentei pensar em outra coisa, tentei pensar em Niall, mas meu corpo já não me obedece mais, infelizmente. Me levantei e olhei no relógio, cinco e quarenta da manhã, fiquei extremamente irritada por estar acordada até aquele horarário, então fui até a cozinha beber um copo d'água. Olhei pela janela e vi o lindo nascer do sol que se formava, caminhei até o quintal e me deitei na grama, e fiquei ali observando aquela cana estupidamente perfeita.


Edward: (S/N), acorda filha, vamos.

Meu pai chacoalhava levemente meu ombro, e então abri lentamente os olhos, e uma claridade enorme me cegou. Eu tinha cochilado no jardim, meu Deus! Entrei em casa e olhei pro relógio da cozinha, três e dezenove da tarde, caramba, será que o meu jardim é tão aconchegante pra se tirar um " cochilo "?
Meu domingo se resume em apenas uma palavra: té-di-o! Parecia que todos tinham compromissos hoje, menos eu. As meninas não deram sinal de vida, e os meninos foram jogar futebol, menos o Liam, que não foi visto por ninguém hoje. Eu estou pouco me fodendo pra onde ele está agora, tomara que tenha morrido e ido pro inferno! Meu pai disse que tinha um jantar pra ir na casa de uma colega de trabalho, e queria que eu fosse junto, eu logo aceitei, já que não tinha nada de bom pra fazer. Sete e quarenta e cinco, eu tinha acabado de me arrumar pra irmos ao tal jantar, eu estava bem vestida, afinal vários colegas do meu pai estariam lá, e eu quero causar uma boa impressão. Não demorou muito pra que chegássemos ao local do evento, era uma casa comum, e ficava no mesmo bairro onde eu moro. Eu e meu pai entramos, e vários colegas dele vieram nos cumprimentar, e uma colega dele em especial, a dona da casa, veio conversar conosco.
Karen: Então essa é sua filha Edward? Que linda!
(S/N): Muito obrigada - sorri -
Karen: Edward disse que você e meu filho se conhecem, vou chamá-lo pra conversar com você, já que vocês são os únicos adolescentes daqui.
Alguns segundos depois ela voltou, e eu não acreditei quando vi aquele ser caminhando em minha direção, que destino inútil, por que eu tinha que encontrar logo ele ali?

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