Love of Enemy - Primeira Temporada: Capítulo 3

Alguém estava conversando com meu pai, que estava em pé na frente do carro, e esse alguém era nada mais nada menos que ele, a peste do Liam, o que aquele pedaço de bosta estava fazendo conversando com meu pai? Me aproximei lentamente do carro, séria, e meu pai sorriu ao me ver, e Liam ficou fitando o chão.

Edward: Oi filha, não sabia que você tinha dificuldades em física.

Aquele filho da puta me caguetou, é isso mesmo? Vou levá-lo até o último andar do Savoy e vou jogar ele de lá.

(S/N): Ahm ... faz pouco tempo que tenho algumas dificuldades, mas não é muita coisa não pai.

Edward: Fico feliz que seu amigo Liam queira te ajudar, estava falando aqui com ele enquanto você não chegava.

AMIGO? Pai, você está bem? Esse nojento te deu algum tipo de veneno ou te deu umas pedras de crack pra você ficar doidão? Esse é Liam Payne desgraça, o garoto que eu mais odeio na face da Terra, se liga!

Edward: Eu acabei de ter uma ideia genial: Vamos almoçar no Nando's depois eu deixo vocês em casa, que tal?

Oba Nando's! Mas pera ai ... que papo é esse de nós? Você tá brincando que ele vai também né?

(S/N): Ahm ... tudo bem.

Edward: E você Liam, o que acha?

Liam: Ahm ... acho melhor eu ir mais tarde, vou passar em casa e falar com minha mãe direitinho, melhor almoçar só vocês dois.

Quase gritei de tanta felicidade ao saber que ele não almoçaria conosco, pelo menos esse imbecil tem uma coisa chamada cimancol, acho que é a única coisa boa que existe nele. Sem mais delongas, entrei no carro, e fiquei esperando meu pai se despedir dele, depois partimos. Não pude deixar de repreender meu pai por causa da sua atitude ridícula de chamar o Payne pra almoçar com a gente, e ele não reagiu muito bem à minha bronca, disse que achou Liam um garoto educado e que eu devo lhe dar uma segunda chance... Vai esperando esse dia chegar pai, mais espera deitado tá?

O almoço foi bem agradável, também, a gente almoçou no Nando's, aquele lugar divo e perfeito, não existe nada de ruim ali. Meu pai me deixou em casa e depois voltou pra empresa, eu subi e tomei um banho, depois coloquei uma roupa básica e confortável, e me deitei na cama. Fiquei olhando pro vazio, até que percebi minha mochila, e olhando pra ela, me lembrei que o nojento do Payne iria aparecer pra gente estudar daqui alguns minutos. Eu não queria ficar sozinha com aquela coisa, por isso liguei pra Eleanor pra pedir que ela e Louis viessem estudar aqui, mais aquela macaca não atendeu o celular e não respondeu os 15 sms que eu mandei. Derrotada, me sentei na cama e fiquei fitando o chão, até que a campainha tocou, abri a porta e lá estava ele, com uma cara de merda que só Deus, não disse nada e nem o convidei pra entrar, só dei as costas e fui pegar meu material lá em cima. Desci e me sentei no sofá, e ele no outro, o silêncio dominava o ambiente, até que ele finalmente o quebrou:

Liam: Ahm ... vamos começar então? Quer ver sobre eletricidade ou eletromagnetismo?

(S/N): Bom ... eletromagnetismo me confunde um pouco. - ele riu - Qual é a graça?

Liam: É que eu acho um pouco estranho você ter dificuldade em uma coisa tão fácil ... logo você.

(S/N): O que quis dizer com isso?

Liam: Pelo que eu me lembro, você tem vários prêmios como melhor aluna.

(S/N): Tenho mesmo, mas o ser humano infelizmente é imperfeito.

Modéstia parte, essa cortada foi demais! Acho que deixei bem claro que eu não estava ali pra conversar, e ele deu conta do recado, erguendo as sombrancelhas e respirando fundo.

Liam: Bom, vamos ao eletromagnetismo ...

Ficamos quatro horas estudando, a matéria pareceu ter entrado de vez em minha mente, e isso é muito bom, na verdade, foi a única coisa boa que aconteceu essa tarde. Permaneci séria e focada na explicação que Liam dava, e excluí qualquer conversa paralela que ele tentava puxar, fazendo-o ficar um tanto perplexo. Quando finalmente terminamos de estudar, peguei meu material e fui colocá-lo na mochila, deixando o Payne sentado no sofá me olhando com uma cara de '' hey, você não vai me agradecer e me levar até a porta? '' Depois de alguns minutos, acho que ele se deu conta de que eu não o levaria até a porta, como todas as pessoas fazem, e se levantou, arrumando seu material e me olhando com cara de merda. Após arrumar tudo, ele se aproximou de mim, me lançando um olhar meio que decepcionado.

Liam: Acho que você devia me agradecer e me levar até a porta.

(S/N): Não há motivos pra te agradecer, e a porta é logo ali, e você tem duas pernas que funcionam muito bem por sinal.

Liam: Até quando vai continuar me tratando desse jeito?

(S/N): Acho que eu tinha deixado bem claro que eu ia te tratar da maneira que você sempre me tratou.

Liam: Mas vale lembrar que isso foi à cinco anos atrás.

(S/N): Mas eu nunca me esqueci de nada daquilo.

Ele parou por um segundo e ficou olhando no fundo dos meus olhos, o que me deixou um pouco constrangida, após respirar fundo, ele ficou mais uns segundos quieto, pensando no que ia dizer.

Liam: Me desculpa por tudo aquilo tá legal? 

ME DESCULPA POR TUDO AQUILO? Não acredito que ele acha que um simples pedido de desculpas vai me fazer esquecer de tudo o que ele me fez passar, de todo o sofrimento que ele me fez sentir, tenho pena dele se ele realmente pensa assim.

(S/N): Um simples pedido de desculpas não vai adiantar nada.

Liam: Mais já é um começo certo?

(S/N): Errado, não quero começar nada!

Liam: Acho que você devia usar o bom senso, só pra variar.

(S/N): Não existe bom senso quando o assunto é você Payne.

Ele demonstrou que estava ficando impaciente, então soltou um suspiro pesado, e me encarou.

Liam: Olha, eu estou aqui praticamente me humilhando, seria bom se você colaborasse comigo.

(S/N): A última coisa que eu pretendo fazer na minha vida é colaborar com você. - retruquei, e ele soltou mais um suspiro, demonstrando sua impaciência -

Liam: Olha, se você não quer colaborar, então vai se foder!

(S/N): Acho melhor me foder mesmo a ter alguma reconciliação contigo!

Payne semicerrou os olhos e saiu furioso batendo a porta, e eu caí na gargalhada, era muito confortante ser mal educada com ele e tirá-lo do sério, preciso fazer isso mais vezes.

Eleanor: Ele tentou o quê? Fala de novo que eu não entendi. - disse, transbordando a sua curiosidade -

(S/N): Ele tentou se reconciliar, vê se eu aguento uma coisa dessas!

Eleanor: E você não aceitou?

(S/N): Claro que não né, não quero reconciliação nenhuma com esse insuportável.

Eleanor: Se eu fosse você faria o contrário, pra acabar com esse cubo de gelo que tem dentro de você.

Eu apenas a fitei séria, e ela viu o que eu pensava só de olhar um pouco no fundo dos meus olhos, eu não vou me reconciliar com ... aquilo! Nunca, só se for necessário pra minha sobrevivência, mas acho que nem assim, ah sei lá! Payne entrou na sala, Eleanor me lançou aqueles seus olhares repreensivos, o que me fez me sentir um pouco culpada, mais foi só por um segundo, juro! A Peazer entrou atrás dele, os dois estávam brigando, meu Deus, que novidade! Ele parecia estar bastante irritado, eu também ficaria, com uma namorada daquelas, acho que até um aleijado sairia correndo ao ouvir aquela voz de taquara rachada! Liam me olhou sério, e eu desviei o olhar, até que Niall entrou e veio falar comigo. Nessas duas semanas, eu e Niall ficamos muito amigos, ele é um amor de pessoa, o garoto mais fofo e gentil que eu já conheci, Perrie já começou a dizer que nós poderíamos ficar juntos, mas acho que ele não me quer assim, me quer como amiga e ponto final. Nós dois ficamos conversando até o professor Jackie entrar, e ele vinha trazendo as folhas da nossa prova, estremeci ao olhar pra aquele monte de papel, e fiquei imaginando se eu conseguiria ir bem naquela prova, mas se eu não conseguisse, mergulharia o Payne em uma piscina cheia de ácido sulfúrico.

Uma coisa positiva na semana de provas é que quando a gente termina nossa prova, a gente pode sair da sala e ficar no pátio ou na quadra, e eu terminei minha prova primeiro que todos hoje, graças a Deus ... era pra mim dizer graças ao Payne, mais só que não! Comprei um salgadinho e fiquei em um canto do pátio vazio comendo, até que aquele demônio apareceu no meu campo de visão, ele era o melhor da classe, óbvio que ele também seria um dos primeiros a acabar a prova, eu devia ter ido pra quadra, eu sou uma lesada mesmo! Ele me olhou e começou a rir, eu fiquei o fitando com uma cara meio que confusa, até que ele engoliu o riso e começou a falar:

Liam: Tá voltando as origens?

Eu entendi tudo o que ele disse sem ter que pensar, e me segurei muito pra não voar em cima daquele pescoço e cravar minhas unhas nele.

(S/N): Se era pra ser engraçado, então você falhou, seu merda!

A seriedade apareceu em seus traços, e a cara de deboche que ele tinha desapareceu.

Liam: Sabe, eu não vejo sentido em você ficar me xingando toda vez que fala comigo.

(S/N): Você se sente ofendido é? Então imagina como eu me sentia, com todos aqueles xingamentos e apelidos que você me lançava.

Ele fechou os olhos e deu um leve suspiro, depois voltou a me olhar.

Liam: Você bem que poderia deixar o passado no lugar certo e viver o presente.

(S/N): Agora você fala isso né filho da puta? Na hora de me destruir você destruiu, sem dó nem piedade, e agora acha que eu devo simplesmente esquecer de tudo e te perdoar? As coisas não são tão simples como você está pensando não.

Liam: Veja o meu lado, eu era só um garoto, a gente tinha só onze anos naquela época, onze! Eu não via nada de mal em fazer aquilo, mas hoje consigo ver o quanto era ruim, e quero me reconciliar com você, agora só falta você colaborar um pouco.

(S/N): Você ainda é só um garoto Payne, não tente se fazer de homem, não tá dando certo, vai por mim.

Ele ia dizer alguma coisa, quando uma voz de taquara começou a chamar seu nome, e logo Danielle apareceu no nosso campo de visão, e parecia meio bravinha por nos ver conversando naquele pátio deserto.

Danielle: O que você está fazendo aqui conversando com ela?

Liam: Não é da sua conta.

Danielle: Ain Payne você anda muito grosso pro meu gosto.

Liam: Tenho outra coisa bem grossa guardada dentro da minha cueca, e essa coisa vai passar à força pela sua garganta se você não parar de falar.

Ela semicerrou os olhos e saiu, ele revirou os olhos e ficou reclamando algumas coisas, e eu aproveitei sua distração pra deixá-lo sozinho e ir até a quadra, onde fiquei conversando com Perrie e Louis até Eleanor e os meninos terminarem suas provas.